quarta-feira, 24 de setembro de 2008

nine-to-five

Vamos lá. Vamos ver se eu consigo. O objetivo é postar neste tão querido blog sem ter absolutamente nada para escrever. Vou falar sobre meus dias. A grande verdade é que nesta semana eu não estou trabalhando muito, portanto o meu tempo ocioso é grande. Segundo o papel da semana passada, eu teria que trabalhar somente nesta quinta-feira. Portanto na segunda-feira a tarde meu querido supervisor checo Zjolte me ligou me dizendo para ir nesta terça-feira, que foi ontem. Daí eu fui, trabalhei oito horas e trinta minutos. Depois fiquei de bobeira.

Agora é ficar de bobeira o tempo todo. Até sábado. Portanto, minhas obrigações são somente ir na aula. Mas ontem não fui, pois queria sair e me esbaldar. Mas não rolou. Era uma terça-feira e não encontrei muitos candidatos. Hoje eu também não vou, vou ir ver Linha de Passe, o filme novo do Walter Salles, que está passando um cinema underground aqui.

Mas amanhã, to dentro. Além disso. Hoje eu fui às compras. Comprei um monte de comida. Fui de bicicleta. Sou um péssimo ciclista. Depois a Luciana veio aqui, ela não tem onde morar, mas trouxe sorvete de Honeycomb. Ela ficou pouco tempo, pois uma pessoa ligou para que ela fosse ver um apartamento. Mas ela prometeu voltar, para tomarmos o sorvete.

O João também estava aqui. Ele mora no meu prédio, é de Araçatuba, e usa jargões como: “Magiiina”, “Qué iiisso” e “Vamos estravazar”. Agora ele foi trabalhar, mas ele estava preenchendo o papel pleiteando uma vaga no The Merrion Hotel. Ele tentará entrar na vaga de Inga, uma Lituana loira de olho azul e feia que adora fazer piadas de baixo calão que eu nao acho a menor graça mas dou uma risadinha amarela. Assim como os Maurícios, que também gostam desse tipo de piada que meu senso de humor apurado não gosta muito.

Mas enfim. Voltando ao linha de passe. Iremos eu, Katiane e Luciana. Elas são da região de São Paulo (algum lugar da Zona Leste) em que se passa o filme. As duas, inclusive, dizem conhecer o rapaz que no longa interpreta um motoboy. A Katiane é au-pair de duas crianças irlandesas. Seu maior hobby é falar de si própria, portanto eu acabo sabendo de todos os detalhes de sua vida com sua querida Rebeca (menina que ela toma conta e futura gorda, segundo a própria Katiane). A Katiane também entrega jornal no Metro pelas manhãs, mas reclama de seus curtos rendimentos.

O Michael não vai no cinema. Hoje ele está trabalhando o dia todo para compensar os últimos dois dias, em que ele se absteve do trabalho. Provavelmente ele já estará em casa no momento em que sairemos para o Film Irish Institute, mas o fato é que ele não está apto a grandes caminhadas.

No último domingo, dia da grande final do Campeonato Nacional de Futebol Gaélico, em que se enfrentaram Karry e Tyrone, sendo que o segundo se sagrou campeão, Michael, eu, Katiane, João e a turma aqui do prédio nos dirigimos ao Pub Big Tree. Já tínhamos bebido antes, bebemos mais no pub (que estava superlotado, com diversas garotinhas do interior da irlanda. As interioranas são uma graça, as dubliner não. Foi bem divertido).

Prosseguindo. Após o pub, já alcoolizados, nos dirigimos até a living party do nosso amigo cruzeirense Bruno Rocha. Ele está retornando para o Brasil nesta quinta-feira e queria se despedir dos amigos. Fomos lá. O club chamava-se Odeon e tocava musica brasileira. Tinha até uma escola de samba, mas estava repleto de italianas (Obaa!). Bebi mais. Bebemos mais. Fiquei bêbado e o Michael também.

Na verdade esta história toda é para falar do Michael. Para quem não sabe, o menino de exatas do interior do Rio Grande do Sul se transforma quando bebe. Para quem nunca dança, é sempre centrado e sabe programar computadores, ele sai despirocando, fala com a primeira pessoa que aparece e as vezes tem atitudes não muito bem compreensíveis.

Então. Na hora de retornar para a casa, o menino se depara com um grupo de amigas e vai conversar com ela. O fato das garotas estarem se dirigindo para a direção oposta não o deteve, que se desligou de nosso grupo e sumiu nas ruas de Dublin.

Paramos para comer e quando chegamos em minha casa, o indivíduo já estava em sua cama. Mas não estava normal, estava com o pé para o alto e inchado. Ou seja, a bebedeira o fez pisar em um buraco e torcer o pé quado se aproximava de casa. Resultado: ficou dois dias de cama e não poderá correr uma maratona por um longo tempo.

É isso. Gostaram?? Não né. Este post teve dois objetivos: o primeiro foi fazer as pessoas que pedem para eu postar com mais freqüência ver que não é uma boa idéia e para quem reclama que não é citado aqui, ficar satisfeito.

Compreendido?!?!

4 comentários:

Unknown disse...

ahuahua que é isso!
muito bom, ow!

é exatamente disso que eu tava falando!

e por que as interioranas são mais feias que as dublinenses!?

e é isso que o povo gosta, é isso que o povo quer!!! quer relatos da sua aventura cotidiana neste país tão amado por todos (exceto você) que é a Irlanda!


e agora larga a mão de bichice!
falei!

beijos!!

Li disse...

Concordo com o Fafá, vc deveria pelos menos postar uma vez por semana pra falar de tudo que acontece na sua vida de Irlandês.
Bjinhos

Unknown disse...

ow, posta mais!
kasai

Débora Costa e Silva disse...

Mó legal saber detalhes que pra você não tem nada demais...é divertido saber do seu cotidiano, é isso que todos querem saber...
Os resumos que você fez de 2 em 2 meses passaram por cima de detalhes como estes...aí sabemos quem são as pessoas da sua turma, que tem cinema e como chama o cinema, etc.
Não é blablabla, é legal!
Beijos